Por quê? (236) O mundo mudou de cor?
Cláudio Amaral
O título desta crônica leva uma interrogação, mas eu tenho certeza absoluta de que o mundo mudou de cor.
Qual é a nova cor?
Azul, talvez, por ser a minha cor preferida.
Rosa, quem sabe, por ser a cor preferida de Beatriz, minha netinha querida.
Verde, sim, porque não, essa que é a cor da nossa bandeira.
Branco, outra cor importante do pavilhão nacional.
Pode ser amarelo, também. Pode sim.
Seja qual for – azul, rosa, verde, branco ou amarelo –, a nova cor do mundo tem tudo a ver com o meu estado de espírito.
A nova cor do mundo está ligada de perto, bem de perto, com o estado da minha alma.
Afinal, muita coisa mudou para mim depois do dia 29 de julho de 2011.
Mudou a forma como eu vejo as pessoas, que, hoje, para mim são mais gentis, mais dedicadas, mais aplicadas e dispostas a serem mais competentes.
Por exemplo: os técnicos em enfermagem, os enfermeiros e os médicos que me atenderam no Hospital Sancta Maggiore, na Rua Maestro Cardim, no Paraíso, aqui em São Paulo, foram de uma dedicação e de uma gentileza que eu jamais havia visto nestes meus 61 anos de vida.
Foi por isso que passei a olhar para eles com outros olhos, embora os meus fossem os mesmos destas mais de seis décadas de vida.
Foi por isso – e muito mais – que passei a enxergar neles o azul ou talvez o rosa ou verde ou branco ou então o amarelo ou ainda todas elas juntas. Algo bem psicodélico.
Para mim é inadmissível passar por alguém, seja quem for, sem dizer “bom dia”. Mas não um bom dia qualquer e sim um bom dia do fundo da alma.
O mesmo acontece em relação a quem trabalha na feira livre do meu bairro, a Aclimação, onde estive na terça-feira em companhia de Sueli e Beatriz, minha netinha.
Acontece ainda com os profissionais das farmácias, padarias, supermercados e empórios da minha região.
Esses são alguns exemplos que tenho cá comigo para sustentar que o mundo mudou de cor.
Mudou e foi recente, bem recente.
E a nova cor do mundo não precisa, necessariamente, ser o azul, rosa, verde, branco ou amarelo.
A nova cor do mundo pode ser qualquer outra, desde que seja uma cor viva, alegre. Uma cor para levantar o astral e para modificar completamente o estado de espírito e da alma. Meu e de todas as pessoas que me são caras.
Por quê?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.
9/8/2011 23:43:38
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