Por quê? (238) Maria Salete


Cláudio Amaral

Muita gente rezou por mim desde o dia 23 de maio de 2011, data em que o Dr. Gentil Silva disse que eu precisaria passar por uma cirurgia no cérebro.

Ele disse isso após examinar as radiografias que havia pedido que eu fizesse no Hospital Sancta Maggiore do Paraíso, aqui em São Paulo.

Disse mais: que eu ficasse tranquilo – e Sueli também – porque o tumor que ali aparecia era benigno.

Isso me tranquilizou. Mas a mim, apenas.

Ao chegar em casa, na Aclimação, Sueli imediatamente recebeu telefonema da irmã, Maria Salete Bravos Philipson.

Ambas se falam todos os dias, esteja Salete em São Paulo (onde tem apartamento) ou em Bragança Paulista (onde tem casa em condomínio fechado).

Salete é uma pessoa especial desde pequena. Tanto que Sueli e eu demos o nosso caçula Flávio para ela e Fernando batizar.

Sueli e eu começamos a namorar em julho de 1969 e Salete desde então facilitava a vida de nós dois, em Marília, a 460 quilômetros de São Paulo.

Cresceu, veio morar conosco, em São Paulo.

Ficamos felizes, fizemos festa de recepção e tudo o mais que ela tinha direito.

Foi Salete quem descobriu a casa em que vivemos há mais de 30 anos e onde ela também morou.

Dividia o quarto com nossa primeira filha, Cláudia. E nos ajudava a cuidar dela. Cuidava como se Cláudia fosse a irmãzinha dela.

Morava aqui quando conheceu Fernando Riemma Philipson. Casou com ele no dia 23 de outubro de 1982, na Igreja de Santo Agostinho, aqui em São Paulo, em cujo colégio foi professora por muitos anos. E sabemos que ambos vivem felizes. Ambos tiveram dois filhos lindos, sobrinhos queridos, carinhosos e atenciosos conosco: Paula e Bruno.

Salete é religiosa, vai à Celebração da Missa todo domingo e sempre que pode acompanha a novena do Pai Eterno.

Pois foi ao Pai Eterno que Salete pediu por mim. Todo dia. Desde 23 de maio de 2011.

Salete esteve ao lado de Sueli, no Hospital Sancta Maggiore do Paraíso durante todo o tempo em que estive no centro cirúrgico, em mãos da equipe comandada pelo Dr. Diogo Lins, o neurocirurgião que me operou e retirou da minha cabeça o tumor que me incomodava.

Não é o caso, mas eu bem que gostaria de poder dizer a ela: Santa Salete, que Deus lhe pague por tudo.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?


(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.


12/8/2011 13:30:36

Comentários

Unknown disse…
Obrigada querido cunhado e irmão , me emocionei muito com sua homenagem! Sou grata por tudo o que vc e minha irmã querida fizeram por mim. Amo vcs . Bjs

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