Por quê? (57) Turismo em Santos

Cláudio Amaral

Voltei a Santos inúmeras vezes após o bate-e-volta da adolescência relatado na crônica do dia 2/3/2008: “Viagem inesquecível: Santos”.

Fui a serviço do Estadão para uma reportagem especial a respeito do Santos FC, em 1971, e para acompanhar treinos e jogos do Peixe, durante a Era Pelé; a passeio, porque tenho Amigos por lá; e a trabalho, também, quando tinha a responsabilidade de divulgar os torneios de tênis profissional organizados por Paulo Cleto e Paulo Ferreira e disputado nas quadras de saibro do Tenis Clube.

Mas a viagem que mais me deu satisfação, após aquela dos 15 para 16 anos, eu fiz com a família, em 2001.

Entrei em férias na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, onde era gerente de Redação, e fui com Sueli, os filhos Cláudia, Mauro e Flávio, mais dona Cidinha, minha sogra, para uma semana no Hotel Atlântico.

Há decênios eu sonhava em conhecer o Atlântico por dentro.

Por quê?

Porque por fora ele era lindo, imponente, classudo.

Sueli fez reserva de dois apartamentos, lado a lado, por uma semana.

Além de conhecer o hotel por dentro, fizemos passeios inesquecíveis pela cidade.

Fomos ao Monte Serrat, de onde se tem uma visão privilegiada de Santos, ao Parque Balneário Hotel (que fora projetado para aproveitar a abertura dos jogos de azar no Brasil, que não aconteceu, felizmente), ao Porto (onde conhecemos o então novo terminal de embarque e desembarque de passageiros), ao Jardim Botânico (em meio ao qual Sueli se deslumbrou com a rica variedade de plantas), ao Museu do Café (totalmente reformado quando o governador ainda era o saudoso Mário Covas, filho de Santos) e, claro, voltamos ao quase centeário Café Paulista, um dos restaurantes mais agradáveis do litoral paulista.

O mais legal da viagem foi fazer o que faríamos depois em Barcelona, na Espanha, ainda em 2001, e em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, em agosto de 2004: o city tour. Embarcamos por três vezes, em dias diferentes, num microônibus que fazia ponto final bem em frente ao Hotel Atlântico e que nos levou pelos principais pontos turísticos de Santos.

Ficamos muito bem impressionados com o estado de conservação da cidade, administrada na época pelo malufista Beto Mansur. Ele realmente recuperou Santos. Tanto que eu não ouvi um único barulho dos muitos que meu Polo Classic apresentava ao trafegar pelas vias públicas da Capital paulista.

Lembrei-me, a propósito, de um mecânico da VW, que cuidara do meu automóvel e que a cada revisão me dizia, para minha alegria:

- O seu carro não roda, doutor. Ele desliza.

Pois foi assim, em Santos, durante aquela viagem inesquecível: o Polinho, como carinhosamente o chamávamos, não rodava, ele deslizava pelo asfalto das ruas e avenidas santistas, ricas em jardins sempre floridos.

Lamento que nunca mais tenha tido tempo para voltar a Santos, terra do meu compadre e Amigo Carlos Conde, com tempo para ficar pelo menos uma semana em férias.

Lamento muito.

Por quê?

E você ainda me pergunta por que?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968; professor e orientador de jovens jornalistas; palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional e criador do http://blogdoclaudioamaral.blogspot.com e do http://aosestudantesdejornalismo.blogspot.com.

5/3/2008 07:35:43

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