Por quê? (64) Tristeza

Cláudio Amaral

Bom dia, meu caro e-leitor.

Mas, como diria Omar Cardoso, “bom dia, mesmo!”

Por quê?

Porque todos nós precisamos de um bom dia, todo dia.

E hoje, domingo, 16 de março de 2008, eu, mais do que tudo, estou a precisar de um bom dia.

Um bom dia, mesmo!

Por quê?

Porque acordei triste.

Não adianta você me perguntar a razão, o porquê.

Não adianta.

Desconheço a razão ou as razões desta minha tristeza.

Acredito até que não deveria estar lhe escrevendo isso, caro e-leitor.

Penso, entretanto, que devo lhe escrever quando estou feliz, sim, como na grande maioria dos dias, mas também quando me sinto triste, como nesta manhã nublada de um verão que está chegando ao fim.

Porque escrever, abrir meu coração, apenas quando estou alegre, é fácil. Muito fácil. Mas soa irreal, superficial, falso, mentiroso. Até porque, todos nós temos nosso dia triste. Todos. E eu não haveria de ser diferente.

O primeiro sintoma de tristeza que senti hoje, ao acordar, foi saber que duas pessoas muito queridas e próximas a mim amanheceram indispostas.

O segundo, foi o fato de que eu precisava sair, como fiz, para trabalhar, e não ter como ficar com elas, cuidando delas, em casa, em pleno domingo. Isso me deixou muito frustrado. Muito.

O terceiro – sim, teve mais tristeza no meu início de dia, hoje – foi relembrar que o Corinthians só empatou com o pequeno, mas travesso, Juventus, ontem à tarde, no Morumbi. E, com isso, deixou escapar a possibilidade de assumir a liderança do Paulistão, pela primeira vez em 2008.

O quarto motivo me veio à cara, de bate-pronto, assim que abri o computador e chamei as notícias do dia: Rubens Barrichello, o querido Rubinho de tantas jornadas, umas alegres e outras tristes, conseguiu terminar o GP da Austrália na zona de pontuação, mas... foi desclassificado por um erro de um funcionário da Honda.

Tive vontade de ir até a Austrália e esganar o sujeito, o indivíduo, o meliante... seja lá o que ele for.

Senti vontade de chamá-lo, na cara e aos berros, de maldito, incompetente, irresponsável... e
muito mais.

Entretanto, como eu não tenho como ir até a Austrália, muito menos de esganar quem-quer-que-seja, fico por aqui e a curtir minhas frustrações e minha tristeza.

Por quê?

Ah... e você ainda me pergunta por que?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968; professor e orientador de jovens jornalistas; palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional e criador do http://blogdoclaudioamaral.blogspot.com e do http://aosestudantesdejornalismo.blogspot.com.

16/3/2008 11:08:22

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