Por quê? (2) Sexta-feira?
Cláudio Amaral
Segunda-feira, 8/10/2007, pós-vitória gloriosa e inesquecível do Timão sobre o SPFC, 1 a 0, pelo Campeonato Brasileiro de 2007, no Morumbi.
São 17h32 e estou na esquina da Avenida Paulista com a Rua Carlos Sampaio, bem em frente ao Colégio Estadual Rodrigues Alves.
Entre um grupo de colegiais, todas com menos de 18 anos de idade, creio, uma diz em voz alta:
- Hoje, pra mim, é sexta-feira.
“Por que ela teria dito isto?”, me pergunto.
Viro imediatamente e fixo o olhar naquelas jovens, todas meninas, ainda.
Penso em indagar a autora da frase, mas não a identifico no meio do grupo.
Por isso, nada mais pude fazer do que ficar com a minha dúvida.
E com ela, a minha dúvida, continuei a caminhar pela Avenida Paulista, rumo ao Paraíso e depois em direção a Aclimação, onde resido há 36 anos e a qual batizei, há anos, como “o bairro mais agradável de São Paulo”.
Uma e outra frases custaram a sair da minha mente.
Só saíram quando uma outra dúvida tomou conta dos meus pensamentos: se eu tivesse identificado a jovem que disse “hoje, pra mim, é sexta-feira”, será que eu teria coragem de abordá-la?
Será?
Sim, porque não é sempre que a gente – eu, pelo menos – tem coragem de se dirigir a quem não conhecemos.
Ainda mais para perguntar: “Por que você disse isto, ou seja, por que você afirmou às suas colegas que hoje, pra você, é sexta-feira?”
Por quê?
Porque, sim, oras bolas.
“Porque, sim” não é resposta, diriam os meus filhos.
A verdade é que não sei o porquê.
Sei, apenas, que esse “por quê?” ficou na minha cabeça a me atormentar e só aumentou a minha dúvida.
E você, caro leitor, sabe me dizer por quê?
Você também está na fase dos por quês, como eu?
Você tem idéia, a mínima idéia que seja, do porquê que levou aquela colegial da Avenida Paulista a dizer: “Hoje, pra mim, é sexta-feira”?
Seria ela uma torcedora do Tricolor do Morumbi e, por conseqüência, estaria ela de cabeça inchada?
Sim ou não?
Por que, então?
(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968; professor e orientador de jovens jornalistas; palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional.
8/10/2007 19:10:00
Segunda-feira, 8/10/2007, pós-vitória gloriosa e inesquecível do Timão sobre o SPFC, 1 a 0, pelo Campeonato Brasileiro de 2007, no Morumbi.
São 17h32 e estou na esquina da Avenida Paulista com a Rua Carlos Sampaio, bem em frente ao Colégio Estadual Rodrigues Alves.
Entre um grupo de colegiais, todas com menos de 18 anos de idade, creio, uma diz em voz alta:
- Hoje, pra mim, é sexta-feira.
“Por que ela teria dito isto?”, me pergunto.
Viro imediatamente e fixo o olhar naquelas jovens, todas meninas, ainda.
Penso em indagar a autora da frase, mas não a identifico no meio do grupo.
Por isso, nada mais pude fazer do que ficar com a minha dúvida.
E com ela, a minha dúvida, continuei a caminhar pela Avenida Paulista, rumo ao Paraíso e depois em direção a Aclimação, onde resido há 36 anos e a qual batizei, há anos, como “o bairro mais agradável de São Paulo”.
Uma e outra frases custaram a sair da minha mente.
Só saíram quando uma outra dúvida tomou conta dos meus pensamentos: se eu tivesse identificado a jovem que disse “hoje, pra mim, é sexta-feira”, será que eu teria coragem de abordá-la?
Será?
Sim, porque não é sempre que a gente – eu, pelo menos – tem coragem de se dirigir a quem não conhecemos.
Ainda mais para perguntar: “Por que você disse isto, ou seja, por que você afirmou às suas colegas que hoje, pra você, é sexta-feira?”
Por quê?
Porque, sim, oras bolas.
“Porque, sim” não é resposta, diriam os meus filhos.
A verdade é que não sei o porquê.
Sei, apenas, que esse “por quê?” ficou na minha cabeça a me atormentar e só aumentou a minha dúvida.
E você, caro leitor, sabe me dizer por quê?
Você também está na fase dos por quês, como eu?
Você tem idéia, a mínima idéia que seja, do porquê que levou aquela colegial da Avenida Paulista a dizer: “Hoje, pra mim, é sexta-feira”?
Seria ela uma torcedora do Tricolor do Morumbi e, por conseqüência, estaria ela de cabeça inchada?
Sim ou não?
Por que, então?
(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968; professor e orientador de jovens jornalistas; palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional.
8/10/2007 19:10:00
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