Por quê? (43) Barcelona


Cláudio Amaral

Sempre gostei muito de viajar, conhecer pessoas e lugares novos, admirar as paisagens, detalhar as nuances geográficas de uma região que não conhecia, apreciar o sotaque e o jeito típico de falar dos nativos.

Foi assim desde os tempos em que eu morava em Adamantina, no interior paulista, rumo ao então Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, a 600 quilômetros de São Paulo.

Assim foi quando me mudei com a família para Marília e depois para a capital.
E um viajante curioso e interessado eu continuei a ser por ocasião de nossa volta para Adamantina, logo após a Copa do Mundo de 1958, de uma nova mudança para Marília, dez anos depois, da primeira vez que fui a Campinas, em 1970, e no meu retorno a São Paulo, em 1971.

De São Paulo, já repórter do Estadão, eu pude conhecer quase todos os Estados do Brasil. E o fazia com o mesmo interesse e curiosidade que ia a bairros e lugarejos periféricos da capital paulista.

Estava sempre querendo conhecer gente e mais gente, lugares e mais lugares, costumes, atitudes, comportamentos.

Estava e estou até hoje, mais de 50 anos depois de minha primeira viagem.

Além do Brasil, conheci lugares e pessoas na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, nos Estados Unidos, na Itália, na Espanha, em Portugal...

Ao final de cada viagem eu sou uma pessoa mais rica, mais feliz, mais culta, mais cheia de vida e com mais vontade de viver.

Modéstia à parte, tá, gente?

Morei e vivi em Adamantina, Marília, Campinas, São Paulo (onde tenho residência fixa), Campo Grande (MS) e Franca.

Mas a cidade que mais me encantou, me deslumbrou, me alegrou, me encheu os olhos, me avivou a mente foi... Barcelona.

Estive lá em 2001 com a Sueli e um casal de amigos.

Ele já conhecia bem a cidade e nos levou a todos os principais pontos turísticos e culturais de Barcelona.

Fomos a museus, a parques, a teatros, a restaurantes, a cafeterias e andamos a pé pela cidade toda.

Fizemos o city tour, que, por sinal, é um dos mais encantadores de todos os que conheço.

Sim, claro, fomos à Catedral da Sagrada Família, idealizada e iniciada por Gaudí (Antônio Gaudí, arquiteto espanhol nascido em 1852 e falecido em 1926).

A chegada ao local só não foi um choque maior porque meu amigo Sérgio Kabayashi, nosso cicerone em Barcelona, fez o táxi parar a cerca de 200 metros de distância e nos preparou para o que veríamos.

Nunca mais vou me esquecer de tudo o que vi em Barcelona: nas ruas e avenidas repletas de obras de artes e de monumentos históricos, do Parque Güell, das famosas ramblas e, também, da praça central repleta de negros oriundos da África, sem ter o que fazer nem para onde ir.

Como foi bom conhecer Barcelona e o povo espanhol que lá encontrei.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968; professor e orientador de jovens jornalistas; palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional.

04/10/2007 19:16:50

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